Cinema nos EUA quer atrair público com desconto de 50%

A maior rede de cinemas dos EUA, a AMC, está oferecendo 50% de desconto nos ingressos às terças e quartas-feiras em todo o país. A ideia é tentar reverter a queda de público nos últimos anos, provocada pelo crescimento dos serviços de streaming e pelos altos custos para assistir a um filme na telona, com ingressos que custam em média $16, além da pipoca que pode chegar até $13.

A estratégia do setor é criar incentivos em dias mais tranquilos, para movimentar as bilheterias e manter as salas vivas em meio à concorrência com plataformas como Netflix e Disney+. Em cidades como Nova York e Los Angeles, uma sessão com qualidade premium pode ultrapassar $25 por ingresso, enquanto o custo mensal de um streaming parte de $7,99. Ainda assim, especialistas apontam que o cinema é uma alternativa mais barata do que passeios como shows, parques e eventos esportivos.

Além dos descontos, redes como a AMC e a Regal Cinemas também investem em assinaturas, que permitem ver vários filmes por mês a preços fixos. A AMC A-List, por exemplo, custa $25,99 e dá direito a até quatro filmes por semana.

Apesar de sinais de recuperação no setor, impulsionados por lançamentos como Jurassic Rebirth e Superman, o número de telas de cinema ainda é bem menor do que antes da pandemia. Dados da Omdia mostram que os EUA têm hoje cerca de 35.481 salas, uma queda de quase 14% em relação a 2019.

Ainda assim, acredita-se que 2025 pode fechar com uma bilheteria de $4 bilhões.