22 / 04 / 2025 às 09 : 53

Uma nova cor que nunca antes foi percebida pelo ser humano acaba de ser descoberta por pesquisadores das universidades da Califórnia, Berkeley, e de Washington. Intitulada “olo”, essa tonalidade azul-esverdeada é brilhante de uma forma que desafia tudo que conhecemos.
A revelação ocorreu através de uma tecnologia inovadora chamada Oz, que ativa as células retinianas de forma extremamente acurada. Publicada na conceituada revista Science Advances, essa descoberta virou pauta tanto na comunidade acadêmica quanto entre o público geral. Por longas datas, acreditava-se que o espectro de cores visíveis ao ser humano era limitado. Contudo, a nova pesquisa sugere que, com a estimulação adequada, cores além da nossa percepção habitual podem ser discernidas.
Os testes foram conduzidos com cinco participantes, incluindo três dos próprios cientistas responsáveis pelo estudo, todos com visão normal de cores. Os resultados foram descritos como únicos pelos envolvidos, que afirmaram que “olo” possui uma saturação tão intensa que é difícil encontrar palavras que a capturem, parecendo não existir em nenhuma parte da natureza.
O caminho até a nova cor envolveu a criação de um sistema de laser de alta precisão, capaz de estimular células específicas do olho conhecidas como cones, responsáveis pela percepção das cores. Normalmente, a percepção das cores resulta da combinação de três tipos de cones: os que captam azul, verde ou vermelho.
Entretanto, o sistema oz inverteu essa dinâmica, ativando exclusivamente os cones que reconhecem o verde (os cones M) e desativando os outros.Esse nível de precisão na estimulação nunca antes havia sido alcançado. O desfecho? Uma nova cor que nunca havia sido registrada pelo cérebro humano.
O termo “olo” foi dado informalmente à nova cor, refletindo a dificuldade de descrevê-la. Os pesquisadores a definem como uma fusão entre azul e verde, porém, com uma intensidade tão única que foge do espectro tradicional de cores que percebemos. Considerada quase como uma cor secreta, sua revelação é um marco monumental no campo da ciência.
Para os participantes do experimento, a visão de “olo” foi quase mágica.“É como algo que você nunca viu, mas ao mesmo tempo sente que está vendo”, revelou um dos pesquisadores. A experiência assemelha-se a ouvir um som que ultrapassa o limite da audição, mas que é possível sentir.
Além de despertar curiosidade,a descoberta traz potenciais implicações significativas. Os cientistas acreditam que a tecnologia Oz pode proporcionar novos caminhos para investigar o daltonismo, facilitando o desenvolvimento de terapias e diagnósticos mais eficazes.
Mais ainda, essa tecnologia pode revolucionar a forma como visualizamos imagens digitais, como fotografias, vídeos e até mesmo conteúdos em dispositivos móveis. Quem sabe um dia conseguiremos ver “olo” em visores especiais ou até em uma nova geração de televisores?

A nova cor foi batizada de Olo, descoberta recentemente por cientistas dos EUA – Foto: xpert.digital