
Este progresso, apresentado em março em um artigo no site Só Notícia Boa, foi viabilizado pela edição genética por meio da técnica CRISPR em um modelo laboratorial da Síndrome de Down. Pesquisadores japoneses aprimoraram a abordagem e conseguiram eliminar com êxito o cromossomo extra, conhecido como trissomia 21, que provoca a condição. A inovação resultou em melhoras significativas nas funções celulares e na eficiência metabólica,além de atrasar o processo de envelhecimento biológico,conforme publicado na revista científica PNAS Nexus.
Tecnologia de ponta em ação
A duplicação genética que define a Síndrome de Down tem repercussões profundas, abrangendo impactos físicos, cognitivos e neurológicos, frequentemente associadas a um aumento no risco de doenças mais graves, como Alzheimer e condições cardíacas, que podem levar a uma expectativa de vida reduzida.
Para alterar essa realidade, uma colaboração entre universidades japonesas focou na técnica de edição específica de alelo, utilizando células cultivadas em laboratório e fibroblastos extraídos da pele de um indivíduo com Síndrome de Down. Com isso, a enzima CRISPR-Cas9 foi programada para localizar o cromossomo extra da trissomia 21, cortando-o de forma precisa e preservando a estrutura genética das células.Perspectivas para o futuro
O cromossomo 21 adicional provoca um metabolismo acelerado, que resulta em uma produção excessiva de radicais livres, substâncias que geram inflamações e aceleram o envelhecimento celular. De acordo com dados do Centro de Síndrome de Down para Adultos nos estados Unidos, essa condição é preocupante, especialmente com o aumento do risco de demências como alzheimer em indivíduos que alcançam a meia-idade.
Estatísticas do IBGE indicam que aproximadamente 300 mil brasileiros convivem com o diagnóstico de Síndrome de Down, refletindo a importância de pesquisas que busquem melhorar a qualidade de vida dessas pessoas.
O caminho a seguir
Conforme os cientistas alertam, é essential realizar mais estudos para corroborar os resultados obtidos. Certas células, por exemplo, não apresentam capacidade de divisão, conforme relatado por fontes da GNN.
as alterações neurológicas e cardíacas frequentemente resultam em uma expectativa de vida reduzida para pessoas com Síndrome de Down, um desafio que o estudo japonês busca enfrentar. – Foto: Agência Brasil