Os resultados, publicados na revista científica Nature Communications, mostram 618 proteínas associadas a 19 tipos de câncer. Entre essas, 107 foram encontradas em amostras de pessoas coletadas sete anos antes de qualquer sintoma.
“Esta investigação aproxima-nos da capacidade de prevenir o câncer com medicamentos específicos – antes considerados impossíveis, mas agora muito mais viáveis”, comemorou o primeiro autor do artigo, Karl Smith-Byrne.
Técnica usada no estudo
Para o estudo, os cientistas usaram uma técnica chamada proteômica.
Ela permite analisar um grande conjunto de proteínas em amostras de tecido de uma só vez. Assim, eles conseguiam entender as interações e identificar diferenças importantes.
Pra você ter uma ideia, só em uma amostra de sangue, foi examinado um conjunto de 1.463 proteínas. Bastante coisa, né?
Comparação das amostras
Toda a pesquisa foi dividida em duas partes.
No primeiro estudo, cientistas analisaram amostras de sangue de mais de 44 mil pessoas. Destas, 4,9 mil foram diagnosticadas com câncer mais tarde.
Ao comparar as proteínas de pessoas que com e sem diagnóstico com câncer, eles encontraram no primeiro momento diferenças em 182 proteínas no sangue três anos antes do diagnóstico de câncer.
Proteínas-chaves
Já no segundo estudo, mais de 300 mil dados genéticos de casos de câncer foram analisados em busca de proteínas no sangue associadas ao desenvolvimento da doença.
Os pesquisadores encontraram 40 proteínas que influenciaram o risco de uma pessoa contrair 9 tipos diferentes de câncer.
Mudanças nessas proteínas podem aumentar ou diminuir as chances de alguém ter câncer. Mas os cientistas descobriram que, em alguns casos, isso pode causar efeitos colaterais inesperados.
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O próximo passo do estudo é entender exatamente qual o papel dessas proteínas no desenvolvimento do câncer.
Os pesquisadores também querem descobrir quais delas podem testar com confiança, como fazer esses testes nos hospitais e que remédios podem ser feitos para agir nessas proteínas.
“As descobertas desta investigação são o primeiro passo crucial para a oferta de terapias preventivas, que é o caminho definitivo para proporcionar às pessoas vidas mais longas e melhores, livres do câncer”, disse o pesquisador Iain Foulkes à revista Oxford Population Health.
Apesar dos desafios, os avanços nos dão esperança para um futuro livre dessa doença!
Para acessar a publicação do estudo é só clicar aqui.
Identificar o câncer nas fases iniciais aumenta a chance de sobrevivência em quase 100%. – Foto: reprodução/Canva Pro
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