Cientistas desenvolveram um gel que, além de ser barato, é super potente no combate à infecções causadas por bactérias. Os resultados da pesquisa foram publicados no Journal of Materials Chemistry B.
O medicamento é composto à base de aminoácidos e contém prata e enxofre. Cem vezes mais eficaz que outros produtos semelhantes, o gel pode ser uma das respostas contra infecções bacterianas hospitalares.
Dmitry Vishnevetskii e sua equipe da Universidade Estadual de Tver, Rússia, são os responsáveis pela inovação. “Nossa tecnologia é simples, não é tóxica e é barata o suficiente para ser facilmente reproduzida. Por isso, ela pode ser utilizada na síntese de medicamentos para o tratamento de diversas doenças: infecções bacterianas agudas, crônicas e hospitalares”, disse o professor e pesquisador.
Luta contra bactérias
Desenvolver medicamentos que deem conta de bactérias é uma grande questão na comunidade científica.
Conforme as bactérias vão criando novos métodos de resistência contra os antibióticos atuais, é preciso esforço para pensar em novos métodos de produção.
Nesse sentido, a comunidade científica tem recomendado a redução do uso de antibióticos e o gel tem um enorme potencial para isso.
Promissor
O gel tem como base a prata, um metal com grandes propriedades antibacterianas, antivirais e antifúngicas.
Isso acontece porque por meio das nanopartículas do metal, cientistas conseguem eficácias em curativos, implantes e até mesmo catéteres.
O processo para obtenção dessas partículas é caro, mas Dmitry e sua equipe conseguiram baratear os custos e evitar contaminação para humanos.
Com o novo método, o pesquisador substitui os reagentes tóxicos da prata por aminoácidos sulfurados que estão naturalmente no corpo do ser humano.
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Testes
Nos testes feitos com o produto os resultados foram satisfatórios.
A equipe demonstrou que o gel antibacteriano é eficaz contra colônias de bactérias do grupo ESKAPE. O grupo ESPAKE é inclui seis bactérias: Enterococcus, Staphylococcus, Klebsiella, Acinetobacter, Pseudomonas e Enterobacter, resistentes a antibióticos.
Entre elas, bactérias causadoras de infecções hospitalares, pneumonia e otite.
Agora, com os resultados bem promissores apresentados inicialmente, a equipe se prepara para uma nova etapa: testes em animais.
“Planejamos testar os gel em animais de laboratório para determinar a segurança e eficácia do produto”, disse Dmitry.
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