
O polêmico centro de detenção “Alligator Alcatraz”, erguido em tempo recorde nos Everglades para abrigar imigrantes, agora vê sua existência balançar diante de duas ações judiciais que podem interromper suas operações.
A primeira ação, movida por entidades como a ACLU, acusa o local de privar detentos de contato confidencial com advogados, submetê-los a condições insalubres — calor extremo, falhas sanitárias, doenças — e até forçá-los à deportação sem o devido aconselhamento legal. A reclamação segue sendo analisada pela Justiça.
Simultaneamente, grupos ambientalistas e representantes indígenas questionam a legalidade da construção em uma área ambientalmente sensível. Sustentam que o estabelecimento foi erguido sem avaliação ambiental obrigatória, representando risco a espécies em extinção e ao equilíbrio dos Everglades.
Em resposta, um juiz federal rejeitou parte da ação sobre direitos legais dos detentos — especialmente após transferência de sua jurisdição para outro centro —, mas redirecionou o restante do processo para uma comarca mais adequada. Já a ação ambiental segue em tramitação, com liminar solicitando a suspensão das obras.
Enquanto o embate jurídico se desenrola, o Estado da Flórida anuncia a abertura de outro centro no norte do estado, o chamado “Deportation Depot”, aumentando ainda mais a tensão entre políticas migratórias rígidas e o respeito aos direitos humanos e ao meio ambiente.
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Matéria original por Nossa Gente
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