Agentes do Instituto Nacional de Migração (INM) do México alertaram milhares de migrantes na segunda-feira para não pularem nas águas do Rio Grande, mas centenas provenientes da América Central e do Sul nadaram até os Estados Unidos para se renderem à Patrulha de Fronteira.
Há várias semanas, migrantes que fazem parte das famílias que vivem em um acampamento localizado às margens do Rio Grande, que carece de condições e serviços básicos, se jogam no fluxo para chegar aos EUA na ânsia de acelerar a entrada naquele país e acabar com a espera no México.
Os requerentes de asilo insistem que o aplicativo CBP One, administrado pelo governo de Joe Biden para registrar candidatos para obter passagem legal para aquele país, continua apresentando falhas. Além disso, indicaram que nos últimos dias foram vítimas de situações relacionadas à insegurança, como a queima de tendas por civis supostamente armados. Na segunda-feira, os agentes do INM chegaram à zona do Rio Grande para pedir aos migrantes que se afastassem da água vários migrantes que estavam prestes a atirar-se em colchões insufláveis, que utilizam para evitar o perigo de nadar, mas correm o risco de cair no rio, ação que já custou a vida de alguns migrantes.
A essas ações somou-se a Guarda Nacional, cujos agentes dispersaram os grupos que tentavam realizar o “sonho americano”, isso sem nenhum atrito, embora houvesse várias denúncias sobre as injustiças que vivenciaram durante sua estada na fronteira mexicana. Minutos depois, a poucos metros da passagem interditada pelos oficiais, apareceu um número considerável de crianças e adultos que desceram à beira do rio e embora um agente do INM tenha tentado detê-los, foi esmagado pela multidão. Por meio de sua página oficial no Facebook, a Patrulha de Fronteira dos Estados Unidos informou que nas últimas 24 horas interceptou 1.600 migrantes que entraram no país pelo Rio Grande, entre Matamoros e Brownsville, como é chamado o fluxo na região do sul do Texas.
Agora, os migrantes usam até seis camas infláveis para passar por grupos de quatro ou menos pessoas, e da mesma forma as crianças também são transferidas, apesar do risco de os viajantes caírem na água, já que muitos não sabem nadar. Na reativação das travessias, as autoridades mexicanas não mais impediram e apenas se limitaram a observar da beira do rio o fluxo constante que persistia na tarde de segunda-feira. Estima-se que 3.500 migrantes retidos na cidade de Matamoros buscam entrar nos Estados Unidos legalmente ou através do Rio Grande, incluindo um número crescente de migrantes da Ásia.
Confira o link original do post
Todas as imagens são de autoria e responsabilidade do link acima. Acesse para mais detalhes