Daniel Toledo e Kris Lee, advogados especialistas em Direito Internacional, pontuam as principais vantagens que esse movimento pode trazer para a indústria do país
Durante uma entrevista recente, a presidente da Câmara de Comércio dos Estados Unidos Suzanne Clark afirmou que o país precisa abrir as portas para todos os imigrantes, aliviando a falta de mão de obra empregatícia em alguns setores da indústria. Isso gerou uma grande discussão entre os americanos e até mesmo os imigrantes que moram no país.
Dias após a declaração, a Casa Branca publicou uma nota informando que sim, vão abrir as fronteiras para os imigrantes entrarem nos Estados Unidos, mas apenas aqueles que o fizerem de forma legal e aplicarem os seus vistos, especialmente os do tipo EB-3.
Segundo Daniel Toledo e Kris Lee, advogados que atuam na área do Direito Internacional, sócios do LeeToledo PLLC, escritório de advocacia internacional com unidades no Brasil e nos Estados Unidos, isso se dá pela necessidade de trabalhadores qualificados. “A Casa Branca realmente quer promover a imigração legal, principalmente porque a infraestrutura dos EUA precisa desesperadamente de trabalhadores qualificados em diversas áreas da indústria”, relatam.
Para o advogado, isso é de extrema importância não só para o país, mas também para as empresas que lá operam. “Vemos o número de pessoas que buscam uma oportunidade dentro dos Estados Unidos crescendo. Paralelamente, o número de empresas que procuram por esses trabalhadores para suprir suas necessidades também está expandindo”, pontua Toledo.
Esse acontecimento é visto com positividade por Kris Lee, que explica que isso pode ajudar no preenchimento de várias vagas de emprego que estão abertas há muito tempo. “É um fato conhecido por muitos que não há trabalhadores suficientes para preencher todas as vagas disponíveis no mercado, sendo que muitas delas pedem profissionais com baixa formação ou experiência profissional. O que a Casa Branca está afirmando com isso é que os imigrantes são uma boa opção para ocupar essas vagas em diversos lugares do país”, justifica.
Algumas cidades dos EUA têm uma população com idade média acima dos 50 anos, o que deixa ainda mais evidente a necessidade de mão de obra para áreas específicas, como construção civil, jardinagem e outros setores.
Com dificuldade para encontrar trabalhadores dentro dos Estados Unidos, as empresas estão buscando pessoas não só no Brasil, mas em vários lugares do mundo. Entretanto, os advogados pedem cautela com escritórios de consultoria que oferecem vagas de emprego no país. “É um momento excelente para solicitar o visto EB-3, mas é preciso tomar cuidado para não cair na conversa de empresas de consultoria que prometem vagas ou auxílio na solicitação de vistos, já que o número de golpes em relação a isso vem crescendo exponencialmente”, alertam.
Kris conclui sugerindo que as pessoas procurem por vagas em sites especializados, como o LinkedIn. “Mesmo que você não tenha experiência profissional, é possível encontrar uma ocupação no país. Isso se dá porque a maioria das empresas está buscando funcionários que possam fazer funções específicas, que a população americana já não tem interesse, como na indústria mecânica ou automobilística. As pessoas podem se qualificar para essas atribuições e contribuir com a indústria americana”, finaliza.
*Daniel Toledo é advogado da Toledo e Advogados Associados especializado em Direito Internacional, consultor de negócios internacionais, palestrante e sócio da LeeToledo PLLC. Para mais informações, acesse: http://www.toledoeassociados.com.br. Toledo também possui um canal no YouTube com quase 150 mil seguidores https://www.youtube.com/danieltoledoeassociados com dicas para quem deseja morar, trabalhar ou empreender internacionalmente. Ele também é membro efetivo da Comissão de Relações Internacionais da OAB Santos.
*Y. Kris Lee é sócia-gerente e Advogada americana da LeeToledo PLLC licenciada nos Estados Unidos, no Distrito de Columbia e no Estado de New York. Com mais de 30 anos de prática do direito, Kris se especializou em aconselhar e representar peticionários perante o USCIS e tratar de questões jurídicas de clientes perante outras agências governamentais ou tribunais federais.
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