JSNEWS – O calor extremo que atualmente assola a Califórnia está causando estragos na rede elétrica do estado, em meio a alertas que o aumento das temperaturas pode prejudicar a transição para energia renovável em todo o mundo.
As quedas de energia foram evitadas por pouco na segunda-feira, implantando suprimentos adicionais, incluindo usinas temporárias a gás, de acordo com a Bloomberg. O uso de eletricidade atingiu seu nível mais alto em cinco anos com o aumento das temperaturas, chegando a 114 graus no aeroporto de Sacramento, aumentando o uso de ar-condicionado e aumentando o risco de falha da usina.
A Califórnia passou a reduzir agressivamente sua dependência do gás natural nos últimos anos, aprovando uma lei de 2018 determinando que 60% da eletricidade do Golden State seja gerada por fontes renováveis até 2030.
No entanto, em 2021, o gás natural ainda representava dois quintos do fornecimento de eletricidade da Califórnia, com fontes renováveis não hidrelétricas e energia nuclear fornecendo 34 e 10%, respectivamente.
Dr. Fatih Birol, diretor executivo da Agência Internacional de Energia (IEA), alertou que as ondas de calor, que ele espera intensificar, tornarão mais difícil atender “à demanda de eletricidade, ao mesmo tempo em que descarbonizará o fornecimento de eletricidade”.
O aumento das temperaturas causa um duplo impacto de aumentar a demanda de energia e dificultar o fornecimento, explicou Birol em um resumo da IEA no verão passado.
O relatório da Bloomberg de segunda-feira descobriu que o fechamento de usinas de energia a gás deixou a Califórnia “cada vez mais dependente de fazendas solares que escurecem no final do dia, quando a demanda por eletricidade atinge o pico”.
A seca produzida pela onda de calor também reduziu os níveis de água, cortando a produção de eletricidade a partir da energia hidrelétrica.
No início deste mês, em uma tentativa de manter o fornecimento de energia, os legisladores estaduais da Califórnia aprovaram planos para manter Diablo Canyon, a última usina nuclear em funcionamento do estado, aberta por mais cinco anos até 2030.
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