No domingo, dia 19, foram retomadas as buscas em pedaço do deserto de Chihuahuan, na esperança de encontrar os restos mortais de imigrantes desaparecidos, incluindo 13 mexicanos que desapareceram neste outono.
De acordo com as informaçoes, a busca aérea, por meio de um helicóptero Blackhawk, foi realizada por investigadores militares e estaduais mexicanos em uma área isolada que incluía Lomas de Arena e Bosque Bonito, de acordo com um comunicado da Procuradoria-geral. Essa é a área onde dezenas de migrantes teriam desaparecido este ano, de acordo com uma investigação do The Dallas Morning News e da Marfa Public Radio.
“A operação encontrou veículos abandonados e acampamentos usados para o tráfico de imigrantes”, disse o comunicado. Um porta-voz não deu detalhes sobre quantas buscas anteriores foram realizadas na área. Um membro da família disse que a última busca faz parte de um esforço contínuo para encontrar os imigrantes. “Acho que essa busca deve ser a quarta ou quinta”, disse Rocío Martinez, 33, esposa de Benigno Alvarez, um dos imigrantes desaparecidos. Ela chamou a operação de “importante e um passo positivo porque é preciso continuar a pressionar as autoridades para encontrar pistas sobre o que aconteceu com seus entes queridos”.
“Continuaremos pressionando nosso governo até que eles nos mostrem que estão vivos ou nos mostrem seus corpos”, disse ela. “Para nós não há feriado esta semana, não há Ceia de Natal, nem presentes. Cada dia é mais um dia cheio de tristeza e um vazio enorme”, afirmou.
O México tem sido atormentado pela violência das drogas há décadas. Mas especialistas veteranos em segurança e imigração dizem que a onda de sequestros é, em parte, estimulada pelas políticas de imigração dos Estados Unidos que deixaram dezenas de milhares de imigrantes no limbo, ao longo da fronteira, permanecendo em perigosas cidades mexicanas.
Um especialista em segurança estima que apenas no estado de Chihuahua, o contrabando de pessoas rende quase US $ 30 milhões por mês.
Em todo o país, mais de 95.000 pessoas foram declaradas desaparecidas pela Comissão Nacional de Busca do México.
Mais de 34.000 pessoas morreram no ano passado em regiões fronteiriças na guerra entre várias facções do crime organizado.
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