Um brasileiro se declarou culpado pela acusação de conexão com uma conspiração nacional para abrir contas fraudulentas de motoristas em aplicativos de compatilhamento de voagens e entrega de alimentos. De acordo com as informações, Wemerson Dutra Aguiar, 29, que anteriormente residia em Lynn e Woburn, Massachusetts, admitiu a culpa durante uma audiência em um tribunal federal em Boston.
O juiz sênior do tribunal distrital dos EUA, Mark L. Wolf, agendou a sentença para 10 de maio de 2022.
Em maio de 2021, ele foi acusado, juntamente com mais 18 pessoas, de conspiração para cometer fraude eletrônica usando identidades roubadas e documentos falsificados para criar contas nos aplicativos.
De acordo com os documentos judiciais, os réus roubaram dados de identidades das vítimas e usaram para solicitar contas de motoristas nas empresas. Desta forma, os réus que não seriam aprovados, passariam pelas verificações de antecedentes exigidas por estas empresas.
Os investigadores afirmam que os envolvidos no esquema editaram as imagens da carteira de motorista das vítimas, a fim de contornar a tecnologia de reconhecimento facial que as empresas de caronas e entregas usavam como medida de segurança.
Os réus supostamente obtiveram os nomes das vítimas, datas de nascimento, informações da carteira de motorista e números do Social Security. Eles conseguiram estas informações com a ajuda de comparsas e outras fontes, incluindo sites na Dark Net. Os acusados também obtiveram as imagens das carteiras de motoristas.
Como resultado do esquema, os formulários 1099 do Internal Revenue Service foram gerados nos nomes das vítimas e isso fez com que o crime fosse descoberto. Quando chegaram as cartas de cobrança de impostos por trabalhados que elas não realizaram, todas fizeram denúncias junto às autoridades.
Alega-se ainda que os réus usaram contas fraudulentas de motoristas para explorar programas de bônus de referência oferecidos pelas empresas e usaram “bots” e tecnologia de “spoofing” de GPS para aumentar a receita obtida.
Em conexão com o esquema, Aguiar admitiu que obteve carteiras de motorista e números do Social Security que seus comparsas pela DarkNet e de outras fontes. Ele também admitiu que pagou para alterar fotos de carteira de motorista para exibir fotos de outros indivíduos e que usou modelos para criar arquivos de imagem de carteiras de motorista fraudulentas.
Aguiar usou essas identidades roubadas para criar centenas de contas fraudulentas nas empresas e forneceu as identificações fraudulentas a outros comparsas que também criaram contas fraudulentas. Aguiar anunciava contas fraudulentas para venda ou aluguel para brasileiros que moram nos Estados Unidos por meio de grupos de bate-papo do WhatsApp e de boca em boca. Ele gerenciou essas contas e tentou impedir que elas fossem fechadas pelas empresas por fraude.
Entre junho de 2019 e janeiro de 2021, Aguiar recebeu mais de US$ 375.000 em pagamentos de aluguel de indivíduos que dirigiam sob essas contas.
Aguiar é o segundo réu a se declarar culpado no caso.
A acusação de conspiração para cometer fraude eletrônica prevê uma sentença de até 20 anos de prisão, três anos de liberdade condicional e uma multa de US$ 250.000.
A acusação de roubo de identidade agravado prevê uma pena de pelo menos dois anos de prisão a ser cumprida consecutivamente a qualquer outra pena imposta. As sentenças são impostas por um juiz do tribunal distrital federal com base nas Diretrizes de Sentenças dos EUA e outros fatores estatutários
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