image

Banco Central brasileiro diz que só intervirá no dólar em caso de mau funcionamento dos mercados

Negócios Segundo Campos Neto, o mercado financeiro global ficou mais sensível a dados da economia dos EUA e a declarações de dirigentes do Federal Reserve by Tatiana Cesso 19/04/2024 BC fala de medidas diante do dólar flutuante. Foto: Boletim Focus A incerteza econômica internacional agravou-se nas últimas semanas e, por enquanto, comprometeu a capacidade de

Negócios

Segundo Campos Neto, o mercado financeiro global ficou mais sensível a dados da economia dos EUA e a declarações de dirigentes do Federal Reserve

Segundo o boletim Focus, do Banco Central, a expectativa é de que o dólar irá cair ao longo de 2021

BC fala de medidas diante do dólar flutuante. Foto: Boletim Focus

A incerteza econômica internacional agravou-se nas últimas semanas e, por enquanto, comprometeu a capacidade de o Banco Central (BC) antever os desdobramentos da crise, disse nesta quinta-feira (18) o presidente da instituição BC, Roberto Campos Neto. Ele concedeu entrevista coletiva ao lado do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e disse que a autoridade monetária só intervirá no câmbio em caso de mau funcionamento dos mercados.

“O câmbio flutuante serve a um bom propósito. Nós achamos que, se você intervir contra algo que é estrutural, o que você faz é criar distorção em outras variáveis macroeconômicas. O câmbio flutuante serve a um bom propósito porque é um absorvedor de choques [econômicos externos]”, disse Campos Neto em Washington, após uma reunião de ministros de Finanças e presidentes dos Bancos Centrais do G20.

Para Campos Neto, o mercado financeiro global ficou mais sensível a dados da economia dos Estados Unidos e a declarações de dirigentes do Federal Reserve. Isso levou à disparada do dólar nas últimas semanas, em reação ao aumento da demanda pelos juros dos títulos públicos norte-americanos, considerados os investimentos mais seguros do planeta.

Na avaliação do presidente do BC, atualmente existem três cenários: o prolongamento da incerteza, o retorno à normalidade após algumas semanas e uma continuidade da turbulência externa que gere uma “reprecificação” (revisão das estimativas econômicas) pelo mercado. Segundo Campos Neto, somente após alguma definição será possível haver uma reação por parte da autoridade monetária.

Situação forte

O presidente do BC ressaltou que o Brasil está menos frágil que outros países emergentes porque tem as contas externas “muito fortes”, com alto volume de dólares entrando no país por causa das exportações. “Sim, o dólar forte é sempre um problema e pode gerar reação dos Bancos Centrais ao redor do mundo, mas, no caso do Brasil, vemos que a situação tem sido melhor”, declarou Campos Neto.

O ministro da Fazenda destacou que o planeta foi pego de surpresa com a mudança na rota do Fed. O Banco Central norte-americano pretende adiar para o segundo semestre o início da queda dos juros na maior economia do planeta por causa da inflação mais alta que o previsto nos Estados Unidos.

“Quando saiu a inflação brasileira de março, saiu meia hora depois a americana. Se você pegar o que aconteceu com o mercado nessa meia hora, dá para entender bem a mudança de humor”, disse Haddad. “Quando o mercado aposta forte, qualquer reversão de expectativa machuca muito o investidor, e o mercado estava muito comprado [apostando na queda do dólar], e com razão, na tese de que em algum momento no primeiro semestre o Fed começaria o ciclo de cortes”, acrescentou.

Juros

Em relação ao futuro da Taxa Selic (juros básicos da economia), Campos Neto disse que a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) dependerá do nível de incerteza na economia global. “Dependendo do caminho, a gente vai ter, vamos dizer assim, uma reação. Mas não tem como antecipar muito o que vai ser feito porque a gente está num processo de reprecificação e a gente não tem ainda visibilidade do que vai acontecer.”

Atualmente, a Selic está em 10,75% ao ano, após seis cortes consecutivos de 0,5 ponto desde agosto do ano passado. A próxima reunião do Copom ocorrerá em 7 e 8 de maio. Na reunião anterior, em março, o Copom tinha previsto um novo corte de 0,5 ponto, mas os investidores apostam que a redução pode ser de apenas 0,25 ponto, após a recente disparada do dólar.

Na quarta-feira (17), Campos Neto afirmou, durante a viagem aos Estados Unidos, que a manutenção da incerteza elevada pode significar uma redução do ritmo de afrouxamento monetário e até abre porta para uma nova alta nos juros nos próximos meses. Ele deu a declaração em uma reunião com investidores na capital norte-americana.

Nesta quinta-feira, o mercado teve um dia de estabilidade. O dólar comercial encerrou vendido a R$ 5,25, com alta de apenas 0,12%. A bolsa de valores de São Paulo fechou com alta de apenas 0,02%, após passar a maior parte do dia em queda.

*com informações da Agência Brasil

Confira o link original do post

Todas as imagens são de autoria e responsabilidade do link acima. Acesse para mais detalhes

Veja também

O céu promete um espetáculo esta semana; descubra como acompanhar o fenômeno

Nesta sexta-feira (25), prepare-se para observar um fenômeno celestial intrigante. Uma conjunção tripla entre a Lua, Vênus e Saturno criará no céu uma formação triangular que lembra um rosto sorridente. A Lua crescente formará a boca, enquanto os planetas desenharão os olhos. Um espetáculo raro que será visível a olho

As Maiores Arenas para Esportes e Shows nos EUA

O Que Mais as Arenas dos EUA Têm a Oferecer Além de Jogos e Shows?

Os Modernos Complexos Esportivos e Culturais dos EUA Os modernos complexos esportivos e culturais dos Estados Unidos representam muito mais do que simples estruturas para eventos. Estas arenas multifuncionais se consolidaram como verdadeiros hubs de entretenimento, combinando infraestrutura de ponta com serviços premium que mudaram o conceito de experiência do

Rota da Empreendedora realiza eventos que impulsionam mudanças nos EUA

A Rota da Empreendedora, um movimento global que transforma vidas e capacita líderes, promoveu duas edições marcantes nos EUA neste mês de abril. Sob a liderança de Mayara Marinov, o evento reuniu mulheres determinadas a escrever suas próprias histórias. Em um ambiente cheio de insights, participantes e palestrantes compartilharam experiências

FMI alerta que tarifas podem prejudicar ainda mais os Estados Unidos

O FMI sinaliza que os Estados Unidos podem enfrentar o maior impacto das tarifas entre as economias desenvolvidas, com a previsão de crescimento sendo rebaixada para 1,8% este ano. Essa desaceleração revela um ambiente global desafiador. Contudo, as bolsas americanas começam a mostrar sinais de recuperação após um dia turbulento

O céu promete um espetáculo esta semana; descubra como acompanhar o fenômeno

Nesta sexta-feira (25), prepare-se para observar um fenômeno celestial intrigante. Uma conjunção tripla entre a Lua, Vênus e Saturno criará no céu uma formação triangular que lembra um rosto sorridente. A Lua crescente formará a boca, enquanto os planetas desenharão os olhos. Um espetáculo raro que será visível a olho

As Maiores Arenas para Esportes e Shows nos EUA

O Que Mais as Arenas dos EUA Têm a Oferecer Além de Jogos e Shows?

Os Modernos Complexos Esportivos e Culturais dos EUA Os modernos complexos esportivos e culturais dos Estados Unidos representam muito mais do que simples estruturas para eventos. Estas arenas multifuncionais se consolidaram como verdadeiros hubs de entretenimento, combinando infraestrutura de ponta com serviços premium que mudaram o conceito de experiência do

Rota da Empreendedora realiza eventos que impulsionam mudanças nos EUA

A Rota da Empreendedora, um movimento global que transforma vidas e capacita líderes, promoveu duas edições marcantes nos EUA neste mês de abril. Sob a liderança de Mayara Marinov, o evento reuniu mulheres determinadas a escrever suas próprias histórias. Em um ambiente cheio de insights, participantes e palestrantes compartilharam experiências

FMI alerta que tarifas podem prejudicar ainda mais os Estados Unidos

O FMI sinaliza que os Estados Unidos podem enfrentar o maior impacto das tarifas entre as economias desenvolvidas, com a previsão de crescimento sendo rebaixada para 1,8% este ano. Essa desaceleração revela um ambiente global desafiador. Contudo, as bolsas americanas começam a mostrar sinais de recuperação após um dia turbulento