Avanços promissores no tratamento do câncer de mama trazem esperança para médicos e pacientes

Uma idosa de 101 anos se tornou um símbolo de superação ao vencer o câncer de mama, atraindo a atenção de uma marca de cosméticos. Novos testes de sangue oferecem esperança a pacientes, evitando quimioterapia, enquanto inovações em tratamentos prometem maior controle da doença e menos efeitos colaterais. Descubra essas transformações
Avanços no combate ao câncer de mama trazem esperança renovada

Centenária vence câncer de mama e se torna ícone de marca de beleza
Inovações em exames de sangue oferecem alternativas eficazes para quimioterapia
Brasil desenvolve exame menos invasivo e acessível do que a mamografia
Novas abordagens de tratamento despontam como promissoras

Os últimos congressos médicos revelaram estratégias personalizadas que utilizam testes de sangue e novas drogas, proporcionando maior controle da doença, minimizando efeitos adversos e facilitando decisões terapêuticas mais rápidas.Drogas orais inovadoras contra resistência hormonal
Outro estudo clínico focou em uma nova medicação oral, chamada vepdegestrant, que atua de forma distinta de tratamentos existentes. Em vez de apenas bloquear o receptor de estrogênio, esse medicamento o destrói dentro das células. A pesquisa comparou sua eficácia ao fulvestranto, tradicionalmente utilizado.Os resultados mostraram que pacientes que utilizaram a nova droga mantiveram a doença sob controle por uma média de cinco meses, em comparação aos 2,1 meses com a terapia convencional.

Tratamentos direcionados como nova linha de defesa
Um dos métodos mais eficazes para o câncer de mama HER2 positivo metastático é a utilização de anticorpos droga-conjugados,também conhecidos como “drogas inteligentes”. Esta abordagem promove o tratamento localizado,minimizando os danos aos tecidos saudáveis. Um estudo recente apresentado no ASCO teve como foco o início do tratamento com essa tecnologia, em vez de reservá-la para estágios avançados da doença.

Realizado pelo Dana-Farber Cancer Institute, o ensaio clínico testou a combinação do trastuzumabe deruxtecano – que entrega quimioterapia diretamente ao tumor – com o pertuzumabe, um anticorpo adicional direcionado ao HER2. Os resultados foram animadores: a taxa de progressão da doença ou morte reduziu em 44% comparado ao tratamento habitual. Em todos os grupos analisados, o controle da doença foi superior a três anos, com uma mediana de 40 meses.Segundo o oncologista Kaliks, “o trastuzumabe deruxtecano demonstrou resultados significativamente melhores do que tratamentos padrão que existiam há mais de uma década. Essa nova abordagem deve ser integrada ao tratamento no próximo ano, alterando as sequências de medicação no câncer de mama HER2 positivo metastático.” No entanto, ele ressalta preocupações sobre a tolerância das pacientes aos efeitos colaterais ao longo de um tratamento prolongado.

Tratamentos antecipados por meio de biópsia líquida
Um dos estudos mais discutidos foi o SERENA-6, que monitorou mulheres com câncer de mama metastático do tipo ER+ e HER2 negativo por meio de biópsias líquidas, uma ferramenta que detecta mutações no gene ESR1 em DNA tumoral circulante. Essas mutações podem sinalizar resistência ao tratamento hormonal.

Kaliks destaca que, ao invés de esperar pelos sintomas, os pesquisadores monitoraram a presença da mutação no sangue a cada dois a três meses durante o tratamento padrão. Quando a mutação foi identificada, metade das participantes que a apresentaram trocou de medicação para camizestranto, uma droga em fase de testes, mantendo o inibidor de ciclina. As demais continuaram com a terapia original. O estudo indicou que essa troca antecipada levou a um controle da doença de 16 meses, em média, em comparação aos 9,2 meses do grupo que não alterou a medicação.

Desafios no acesso às inovações
Apesar dos novos desenvolvimentos, a transição dessas inovações para a prática clínica ainda enfrenta barreiras substanciais. O processo para que uma nova terapia se torne disponível envolve rigorosos requisitos regulatórios, análises de custo-efetividade, negociações com sistemas de saúde, além de obstáculos que impactam o diagnóstico e a adesão ao tratamento.

O oncologista expressa a preocupação de que, embora as conferências inspirem otimismo, pode haver um longo intervalo antes que esses avanços sejam implementados.No Brasil, mesmo os medicamentos aprovados pela Anvisa enfrentam dificuldades para chegar rapidamente ao público. Por exemplo, o trastuzumabe deruxtecano foi aprovado em 2024, mas ainda não está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS).

A Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica revela que cerca de 70% dos pacientes dependem exclusivamente do sistema público.Além disso, muitos planos de saúde não garantem cobertura para terapias onerosas, como o trastuzumabe deruxtecano, que pode custar até US$ 166 mil anualmente nos EUA.

Kaliks observa que, atualmente, entre 50% e 60% dos casos de câncer de mama são potencialmente curáveis. Com acesso mais rápido ao rastreamento, diagnósticos eficazes e tratamentos abrangentes, essa taxa pode ultrapassar 80%.Um novo horizonte para a oncologia
Apesar dos desafios, o cenário da oncologia permanece encorajador.As mais recentes descobertas não só prolongam o controle da doença, como também abrem possibilidades de cura em situações anteriormente consideradas sem esperança.

Nos primeiros estágios, os tratamentos estão se tornando cada vez menos invasivos e mais eficazes, diminuindo a necessidade de intervenções cirúrgicas extensivas e protocolos de radioterapia. Para os casos mais avançados, novas opções estão ampliando a expectativa de vida e proporcionando melhor qualidade de vida para as pacientes.

“O câncer de mama, uma doença já altamente tratável, está se tornando ainda mais acessível à cura”, conclui o especialista do Einstein. “Temos motivos para acreditar que, para algumas pacientes com a doença metastática, até então considerada incurável, a cura poderá ser uma realidade em um futuro próximo.”

A nova era de tratamentos como drogas inteligentes, biópsia líquida e novas terapias orais está oferecendo novos horizontes para as pacientes.

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