Nesta terça-feira, 3, espera-se que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anuncie uma ordem executiva que, quando o limite diário de travessias for excedido, fecharia a fronteira entre os EUA e o México para requerentes de asilo que atravessam ilegalmente.
Conforme repercutido pela CNN Brasil, fontes apontaram que a ação executiva representaria um passo significativo por parte de Biden para enfrentar diretamente uma de suas maiores vulnerabilidades políticas, ocorrendo poucas semanas antes do primeiro debate presidencial com o ex-presidente Donald Trump.
A ordem executiva baseia-se na autoridade conhecida como “212(f)”, um regulamento utilizado durante a administração Trump e fortemente criticado pelos Democratas naquela época. A ação executiva, em desenvolvimento há meses, restringiria severamente os migrantes que buscam asilo na fronteira sul dos EUA, caso cruzem ilegalmente a fronteira após as travessias diárias atingirem 2.500.
Uma vez atingido esse limite, é provável que a medida tenha efeito quase imediato. Os migrantes ainda teriam a opção de solicitar uma audiência para apresentar seu pedido de asilo em um porto de entrada. É importante ressaltar que as crianças não acompanhadas seriam isentas dessa medida, um aspecto crucial da ordem executiva que preocupa os defensores da imigração, que afirmaram que tal isenção poderia incentivar algumas famílias a enviar crianças para a fronteira por conta própria. Contudo, fontes que detalharam a ordem à CNN alertaram que ainda podem ser feitas alterações no texto antes de sua divulgação pública esta semana.
Outros detalhes
Recentemente, autoridades da fronteira detiveram pouco menos de 4 mil migrantes que cruzaram ilegalmente a fronteira, conforme relatado por um funcionário do Departamento de Segurança Interna. O país também registrou cerca de 1.500 marcações por dia através do aplicativo da Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA. De acordo com uma das fontes, a ordem executiva prevê que a fronteira será reaberta assim que as travessias ilegais diárias diminuírem.
// UOL.
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