Aplicativo CBP dos EUA
A Casa Branca anunciou no começo de janeiro uma série de ações para controlar o fluxo migratório na fronteira americana, que bateu sucessivos recordes nos últimos meses. Uma das medidas permite que imigrantes usem o aplicativo do Serviço de Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA (CBP, na sigla em inglês) para antecipar seus pedidos de solicitação de asilo e agendar a ida a um porto de entrada americano, em vez de terem de esperar dias na fronteira.
“Esta nova funcionalidade reduzirá significativamente os tempos de espera e as multidões em portos de entrada dos EUA e permitirá análises de maneira segura, ordeiro e humana”, disse a Casa Branca em comunicado.
O aplicativo é o CBP One – disponível para celulares Android e iPhones – e está disponível em inglês e espanhol. Com isso, imigrantes que estiverem no México, aguardando para atravessar a fronteira americana, poderão baixar o aplicativo para subir informações pessoais e uma foto e agendar a ida a um dos oito portos de entrada nos estados do Texas, Arizona ou Califórnia.
A expectativa do governo americano é reduzir a quantidade de pessoas que se amontoam na fronteira entre o México e os EUA e, consequentemente, os problemas decorrentes. Contudo, algumas entidades de defesa de imigrantes e refugiados alertam que nem todos têm acesso a um celular ou internet. Além disso, eles temem que as informações desse indivíduos sejam usadas de maneira equivocada pelo governo.
O CBP One foi lançado em 2020 para permitir que pessoas que atravessem a fronteira legalmente enviem suas informações antecipadamente. O aplicativo também é utilizado por entidades da sociedade civil para requerer a entrada humanitária para certos migrantes.
A nova funcionalidade de agendamento do CBP será especialmente útil para cidadãos de países da América Central e do Caribe, que estão entre as nacionalidades que mais solicitam asilo nos EUA.
No anúncio feito em janeiro, a Casa Branca revelou que, a partir de agora, imigrantes flagrados tentando entrar ilegalmente nos EUA serão expulsos e ficarão sujeitos a um banimento de cinco anos sem poder entrar no país novamente. Antigamente, não havia punição e a pessoa poderia tentar entrar quantas vezes quisesse. O aplicativo, portanto, quer melhor controlar esse fluxo.
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