Apesar das dificuldades, cada vez mais brasileiros tentam chegar aos EUA de bicicleta

Um brasileiro de Itumbiara (GO) está em uma jornada para chegar aos Estados Unidos de bicicleta e passará por 14 países no percurso. E cada vez mais brasileiros ingressam nessa aventura. É o caso de Rafael Garcia da Silva, de 30 anos, que deseja concluir a expedição em até dois anos. Em uma bicicleta e

Um brasileiro de Itumbiara (GO) está em uma jornada para chegar aos Estados Unidos de bicicleta e passará por 14 países no percurso. E cada vez mais brasileiros ingressam nessa aventura. É o caso de Rafael Garcia da Silva, de 30 anos, que deseja concluir a expedição em até dois anos. Em uma bicicleta e levando poucos itens de sobrevivência, o goiano percorre de 50 a 120 km por dia. Atualmente, ele está na Argentina.

Em quatro compartimentos acoplados à bicicleta, o viajante leva itens básicos: algumas peças de roupa, barraca, isolante térmico, duas panelas, álcool, fogareiro e um par de botas. Ele também se abastece diariamente com comidas de fácil consumo. Grande parte dos países da expedição não exige visto. Carteira de vacinação completa e antecedentes criminais são alguns dos critérios da maioria. Segundo o brasileiro, ele deixou os Estados Unidos como último local devido à burocracia para a entrada.

“Não precisa ser rico”

O goiano ainda diz que não é preciso ser rico para fazer uma viagem como essa. “Você não precisa ganhar R$ 20 mil para viajar de bicicleta, não é bem assim, também ganho muita coisa na estrada de pessoas que se simpatizam com a aventura”, contou. Rafael costuma escolher cidades menores para ficar. Apesar do encanto com as regiões turísticas, ele tenta priorizar locais menos conhecidos por serem mais ”tranquilos e seguros”, além de mais acessíveis economicamente.

No Brasil, o viajante trabalhava com serviços de construção civil: já foi pintor, gesseiro e encanador. ”Trouxe uma reserva, mas uma hora acaba. Quando isso acontecer, vou tentar vender lembrancinhas na rua para tentar ter um ganho diário”, explicou. Dormir à beira de rio e tomar banho com lenço umedecido são algumas das dificuldades. Apesar disso, na maior parte dos dias, Rafael consegue se abrigar em postos de gasolina, albergues e casas de pessoas que conhece pelo caminho. ”A viagem não é feita de lugares, mas de pessoas”, comentou sobre a ajuda das amizades feitas. Até agora, ele encontrou apenas um outro cicloviajante, que era europeu. No caminho, viu muitos mochileiros e pessoas em motorhomes, que compartilhavam de aventuras parecidas com as suas. ”No hostel, conheci gente do mundo todo, França, Canadá, Holanda.”. Ainda na Argentina, brasileiro busca realizar sonho de infância de ver a neve. ”Estou deixando para meu aniversário, dia 9 de setembro, vou me auto presentear”, contou sobre os planos para a cidade de Mendoza.

Planos para próximos destinos e selva da morte.

Antes de chegar aos EUA, ele pretende passar por mais 13 países. Além da Argentina, os pontos de parada serão: Chile, Paraguai, Peru, Bolívia, Equador, Colômbia, Panamá, Honduras, Nicarágua, Belize, Guatemala, Costa Rica e México. “Venezuela ainda estou pensando se devo me arriscar, devido ao conflito no país”, contou. Na travessia, Rafael precisará enfrentar a floresta de Darién, conhecida como a “selva da morte”. A área conecta a América do Sul e a América Central, entre os territórios da Colômbia e do Panamá, e é um trecho estratégico para chegar aos Estados Unidos.

Turistas atravessam geralmente por balsa, mas essa não é a escolha do brasileiro. Para economizar dinheiro, ele relatou que pretende pegar uma carona em um barco de pescadores locais, pagando uma taxa menor que a da balsa. Depois, de volta à terra firme, seguirá de bicicleta. Rafael também almeja treinar a língua inglesa em Belize, país da América Central que tem o inglês como língua oficial. ”Colômbia é um dos lugares que já penso muito, Costa Rica sempre quis conhecer e Caribe deve ser lindo”, lista seus próximos destinos.

// Fonte: UOL.

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