Construída por imigrantes de várias partes do Brasil e do mundo, São Paulo tem forte miscigenação cultural, cheia de grandes centros comerciais, bairros nobres e de luxo, com uma periferia rica em cultura.
Mesmo sem o apoio de parte do poder público, as periferias de São Paulo expressam suas sensibilidades e visões de mundo como uma força de resistência. Conheça mais da história da terra da garoa e seus pontos turísticos abaixo.
Origem jesuíta
A história da cidade de São Paulo está ligada aos jesuítas, que vieram para o Brasil com os portugueses, após o descobrimento do Brasil, para realizar a pregação do evangelho.
Thomas Wisiak, coordenador de História do Curso e Colégio Etapa, lembra que no dia 25 de janeiro de 1554, no atual centro da cidade, dois jesuítas participaram de uma importante missa.
Manuel da Nóbrega e José de Anchieta celebraram a fundação de um colégio para a catequização de indígenas que hoje virou museu, bem pertinho da Praça da Sé, onde fica o marco zero da cidade.
“Poucos anos depois, o povoado recebeu estatuto de vila e somente em 1711 foi elevado à categoria de cidade, de acordo com a legislação portuguesa.
Importância para o Brasil
Quem conhece um pouco do que representa São Paulo, não nega a importância da cidade para o país.
Até o século XVII, a atividade econômica do local tinha destaque a agricultura, artesanato e o apresamento de indígenas.
Durante a República Velha (1889-1930), junto com Minas Gerais, São Paulo introduziu a política do Café com Leite. A manobra era uma iniciativa para proteger as oligarquias dos dois Estados e permitiu um forte avanço econômico em ambos.
A cidade foi se modificando, avançando e chegou ao XXI como um dos maiores complexos industriais do país.
Com uma rápida urbanização do município, São Paulo se tornou uma terra de oportunidades, com focos na imigração de brasileiros e estrangeiros.
Turismo cheio de história
Hoje a cidade brilha também no turismo. Se você vai a São Paulo não deixe de conhecer:
A poderosa Avenida Paulista, cheia de arranha-céus e restaurantes em seus 3 km de extensãoO Masp, Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand, que fica suspenso na Avenida PaulistaA natureza do Parque do Ibirapuera e seu lago preservadoO imponente Museu do Ipiranga, importante símbolo da Independência do BrasilO belíssimo Mercado Municipal de São Paulo, e seus generosos bolinho de bacalhau e sanduíche de pão com mortadelaA Pinacoteca de São Paulo, que fica em um edifício construído em 1900, no Jardim da LuzO Museu da Língua Portuguesa, ao lado da Estação da Luz, restaurado após incêndio em 2015A Sala São Paulo, sala impressionante de concertos, apresentações sinfônicas e de câmaraVale do Anhangabaú – espaço usado para eventos que tem prédios seculares e modernos ao redorTheatro Municipal de São Paulo, inspirado no Ópera de Paris e inaugurado em 1911Terraço Itália, restaurante com vista de tirar o fôlego, no 42º andar do Circolo Italiano San PaoloVila Madalena, boêmio bairro com lojas de moda independente, cafés, bares e e galerias de arteCena nas periferias
Para além do grande centro, do Ibirapuera e da Faria Lima, há uma outra São Paulo.
As periferias da cidade são locais que resistem à falta de apoio do poder público, e se reinventam para continuar fazendo parte da cena.
São saraus artísticos, músicos, poetas, artistas e dançarinos, com uma outra visão de mundo, diferente daquela São Paulo acelerada.
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As chamadas Slams, batalhas de poesias, onde poetas apresentam seus textos para um jurado que é formado pelo público presente, tem se tornado cada vez mais comum.
No Brasil, a ideia do Slams, que veio do poeta norte-americano Marc Kelly Smith, foi replicada por Roberta Estrela D’alva.
Formada em ciências sociais pela USP e mestranda em antropologia, Midria, de 24 anos, é uma artista que participa das batalhas.
Com uma longa trajetória no Sarau do Vale e no ZAP Slam, Midria luta por uma São Paulo ressignificada.
“Fico meio brava quando fala: ‘ai, você é de São Paulo, que saco. O que fazer em São Paulo? Ir embora, mas e se a gente buscar ressignificar esse espaço? Ter relações e trocas mais justas dentro dessa cidade. Isso é possível”, disse.
De acordo com a artista, as manifestações culturais nos bairros periféricos, nascem de maneira espontânea.
“Não veio do poder público para o bairro. Nasce da gente, de acordo com as nossas necessidades e a gente vai girando. Quando a gente rodou a cidade, agora percebeu muita criançada, adolescente trazendo as escritas deles para nós, apresentado”, contou Midria.
Sim, São Paulo é um show de história, cultura, gastronomia e
A Avenida Paulista, com o Masp em vermelho, Um dos maiores símbolos da cidade. Foto: Shutterstock.
Prédio do Museu da Língua Portuguesa e da Estação da Luz – Foto: divulgação
Parque do Ibirapuera e seu verde no meio da selva de pedra – Foto: divulgação
Theatro Municipal de São Paulo, uma obra de arte secular a céu aberto – Foto: Aly Apolinario – Wikipedia
Museu do Ipiranga guarda a história do Independência ou Morte de Dom Pedro. – Foto: Agenda Bonifácio
Sala São Paulo, local de consertos e beleza histórica. – Foto: Galeria da Arquitetura
Mercado Municipal de São Paulo, lugar do melhor bolinho de bacalhau e do maior sanduíche de mortadela do país. – Foto Pref.São Paulo
Com informações de Brasil Escola e Agência Brasil.
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