Tinga, volante do Internacional em 2005, protagonizou um momento singular que levou o Corinthians ao título (Foto: Rafael Ribeiro/CBF)
Nos próximos nove meses, enquanto o mundo se prepara para a Copa do Mundo de 2026, a tensão está crescente.À medida que o Brasil se prepara para o torneio nos EUA, Canadá e México, a equipe não parece manter o status habitual como favorita. A recente queda nas Eliminatórias Sul-Americanas, onde o país alcançou a sua pior posição histórica, e o atual 6º lugar no ranking da FIFA, geram preocupações importantes sobre as reais possibilidades de conquista.
O técnico da Seleção Brasileira, Carlo Ancelotti, expressou sua visão realista ao mencionar que o Brasil não deve se sentir obrigado a conquistar o hexacampeonato. “É imprescindível que participemos do torneio com alto desempenho e a autoestima necessária. No entanto, a pressão excessiva por resultados parece desproporcional”, comentou o treinador em uma recente entrevista para um periódico europeu.
A preocupação de Ancelotti com as expectativas elevadas dos torcedores se baseia no fato de que se passaram 24 anos desde a última vitória da Seleção no Mundial e seis anos desde a conquista da Copa América em 2019. Contudo, esse tom de cautela contrastante com a grandeza histórica do Brasil no futebol, que sempre produziu talentos excepcionais, gera questionamentos. Os jogadores disponíveis estão em alto nível em algumas das ligas mais competitivas do mundo, elevando as expectativas de que a Seleção deva sempre ser considerada uma adversária a ser temida.
É necessário considerar que Ancelotti tomou as rédeas da Seleção em meio a um contexto caótico de falta de organização por parte da CBF, que desde a eliminação para a Croácia nas quartas de final do Mundial no Catar tem enfrentado turbulências de gestão, incluindo mudanças frequentes de comissão técnica e variados conflitos legais. A presença do renomado técnico, conhecido por sua habilidade em liderar e motivar jogadores, é um diferencial, mas questiona-se se ele conseguirá estabilizar a equipe a tempo de buscar o sonhado hexacampeonato.
ancelotti tem um histórico impressionante de motivação, lembrando sua performance no Real Madrid em 2022, onde levou a equipe à conquista da Champions League após reviravoltas emocionantes contra gigantes como PSG e Manchester city. “Não sei explicar, mas existe algo especial nesse grupo. Quando todos pensam que estamos perdidos, encontramos força e nunca desistimos”, disse ele após uma vitória memorável. Essa é a abordagem que a Seleção Brasileira deve incorporar para se destacar, especialmente com os talentos que possui.
Brasil em uma nova posição no ranking da FIFA

Após uma desastrosa campanha nas Eliminatórias Sul-Americanas, a Seleção Brasileira caiu para a 6ª posição no ranking da FIFA, uma mudança esperada. Atualmente, a Espanha lidera a tabela, impulsionada pela nova geração de talentos, incluindo o jovem destaque Lamine Yamal, sob a direção de Luis de la Fuente. A Argentina, anteriormente no topo, agora ocupa o terceiro lugar.
A falta de conquistas nos últimos anos, somada ao desempenho inconsistente, contribuiu para a queda do Brasil, que foi superado por Portugal, campeão da recente Liga das Nações. Além do Brasil, o ranking atual inclui a França em segundo e a Inglaterra na quarta posição.
Uma perspectiva otimista é que, historicamente, nenhuma equipe classificada como líder do ranking da FIFA no ano da Copa Mundial conquistou o título.A classificação, que começou em 1992, muitas vezes acaba se tornando uma armadilha para os favoritos. Por exemplo, durante a copa de 1994, enquanto o Brasil, então ocupando a terceira posição, levou o tetra, a Alemanha, como líder, foi eliminada precocemente. O mesmo ocorreu em 2002, quando o Brasil conquistou o quinto título mesmo estando atrás da França, que se despediu na fase de grupos.
No entanto, o Brasil tem experienciado fracassos tendo a liderança do ranking nas edições de 1998, 2006, 2010 e 2022, o que levanta dúvidas sobre a eficácia dessa classificação. Com apenas dois amistosos agendados para 2025 contra seleções de menor expressão, como Japão e Coreia do Sul, parece improvável que o time de Ancelotti consiga escalar posições no ranking antes do Mundial.
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