O Alabama pode se tornar o primeiro estado dos EUA a executar um prisioneiro fazendo-o aspirar nitrogênio puro, um método de pena de morte autorizado por três unidades da federação, mas que nunca foi usado.
O gabinete do procurador-geral do Alabama, Steve Marshall, pediu à Suprema Corte do estado, em um processo judicial na última sexta-feira (25/8), que estabelecesse uma data de execução de Kenneth Eugene Smith, prisioneiro de 58 anos condenado à morte. O processo revelou que o Alabama pretende matá-lo por hipóxia por nitrogênio.
Kenneth foi um dos dois homens condenados pelo assassinato da esposa de um pregador religioso, em 1988. Ele foi contratado por Charles Sennett Sr. para cometer o crime. “É um absurdo que Kenneth Smith tenha conseguido evitar sua sentença de morte por quase 35 anos depois de ser condenado pelo hediondo assassinato de aluguel de uma mulher inocente, Elizabeth Sennett”, disse Marshall, em comunicado.
John Parker, o outro condenado pelo crime, foi executado em 2010 por injeção letal. Elizabeth foi encontrada morta na casa que dividia com o marido no condado de Colbert, em 18 de março de 1988. Os promotores disseram que Kenneth foi um dos dois homens que receberam US$ 1.000 cada para matar Elizabeth em nome do marido dela, que tinha um caso extraconjugal, estava com uma dívida enorme e queria receber o dinheiro do seguro. Um terceiro envolvido, Billy Gray Williams, foi condenado à prisão perpétua por participação no crime. Ele teria apresentado o pastor aos matadores. Quando a investigação chegou a Charles, ele cometeu suicídio.
Hipóxia por nitrogênio
No método de execução, o detento é forçado a inalar apenas nitrogênio, o que o priva de oxigênio e o mata. O ar inalado pelas pessoas inclui 78% de nitrogênio, mas é inofensivo quando inalado com oxigênio. O Alabama autorizou a hipóxia por nitrogênio em 2018 durante uma escassez de medicamentos usados para aplicar injeções letais, mas o estado ainda não usou o método para executar uma sentença de morte. Oklahoma e Mississippi também autorizaram a hipóxia por nitrogênio como método de execução, mas não a utilizaram. Os defensores do novo método de execução alegaram que seria indolor, mas os oponentes argumentaram que é uma forma de experimentação humana.
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