Autoridades imigratórias estão utilizando um aplicativo de celular para monitorar imigrantes que são processados e liberados na fronteira dos Estados Unidos com o México. Ativistas das causas imigratórias alegam que o recurso viola a privacidade desses imigrantes. As informações são da AP.
Segundo os ativistas, os agentes também monitoram imigrantes liberados de prisões do US Immigration and Customs Enforcement (ICE). O objetivo é checar se eles compareceram ou não à audiência marcada com um juiz de imigração. Mais de 125 mil imigrantes – a maioria detida na fronteira – foram obrigados a instalar o aplicativo denominado SmartLink em seus telefones para que sejam monitorados. Há três anos, apenas 5 mil pessoas tinham esse app, que permite que agentes solicitem informações como o envio de selfies ou que recebam ligações telefônicas.
Ativistas alegam que acompanhar a vida dos imigrantes por meio do aplicativo é injusto e gera um incômodo, considerando que muitos pagam fiança para sair das prisões do ICE. “É impressionante como o uso desse aplicativo aumentou nos últimos anos e está sendo agora amplamente utilizado. Está cada vez mais fácil para o governo monitorar milhares de pessoas”, afirma a ativista pelos direitos latinos, Jacinta Gonzalez. “Nosso medo é que isso se torne prática comum para todos no sistema imigratório”.
O uso do aplicativo pelo ICE aumentou significativamente durante a pandemia, quando grande parte dos serviços passou a ser online. A tecnologia, argumenta o governo, está sendo utilizada para evitar a prisão desses estrangeiros. O governo argumenta, ainda, que usar o aplicativo sai mais barato que comprar tornozeleiras eletrônicas. A maioria das pessoas comparece às audiências de imigração com o juiz. Os estrangeiros que não vão às audiências, recebem imediatamente uma ordem de deportação.
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