
A ACLU moveu uma ação coletiva contra o governo da Flórida e a administração Trump, solicitando que fosse garantido o direito imediato de advogados para os encarcerados em “Alligator Alcatraz”, um complexo de tendas instalado nos Everglades. O processo aponta uma série de falhas, incluindo a falta de privacidade nas comunicações e a escassa disponibilidade de telefone, além de longas esperas por visitas que frequentemente não se concretizam.
Mais de 700 presos enfrentam condições alarmantes neste local, que se caracteriza por tendas alagadas, instalações sanitárias deficientes e uma infestação de mosquitos. Situações grotescas, como a presença de insetos em alimentos e a ausência de cuidados médicos e religiosos adequados, são comuns, deixando os detentos em situação de vulnerabilidade. Advogados relataram a dificuldade em protocolar documentos fundamentais para a defesa de seus clientes.
As críticas não vêm apenas da ACLU; organizações tribais e ambientalistas também se manifestam contra a instalação, alertando que ela foi construída em terras sagradas dos Miccosukee e em área designada como protegida, sem consultas ou avaliações adequadas – ações que podem infringir legislações ambientais e culturais.
Para a ACLU, este campo representa um “capítulo sombrio” na história dos direitos humanos nos EUA, simbolizando um controle opressivo que desconsidera direitos constitucionais essenciais. A defesa não busca apenas acesso à justiça, mas também exige melhorias nas condições de vida e uma supervisão regular por parte de autoridades competentes.
O futuro deste centro é cada vez mais incerto, pois enfrenta desafios legais, pressões políticas e a ameaça de fechamento. A resposta do governo às alegações formuladas poderá ser crucial para determinar se “Alligator Alcatraz” permanecerá em funcionamento ou será desativado por violar os direitos dos detentos.
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Matéria original por Nossa Gente
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