Mercados ao redor do mundo reagem a tarifas polêmicas de Trump
- por Domingas Person
- 03/04/2025
Momentos de instabilidade financeira afetam Wall Street. Foto: Reprodução TV
Na quinta-feira, 3 de abril, Wall Street experienciou um declínio significativo, resultado de uma nova onda de incertezas nos mercados globais, gerada pelas recentes tarifas sobre importações anunciadas pelo presidente Donald Trump. Este pacote, intitulado “Dia da Liberação”, provocou uma resposta imediata de economias potenciais.
O índice S&P 500 despencou mais de 4%, um impacto considerável que sugere a inquietação dos investidores em várias partes do mundo. A China, por sua vez, prometeu represálias para “defender seus direitos e interesses”, enquanto seus meios de comunicação caracterizaram as tarifas como uma forma de “intimidação autodestrutiva”.
Entre as novas tarifas, destaca-se uma sobretaxa de 34% sobre mercadorias oriundas da China, além de aumentos em tarifas pré-existentes. A União Europeia foi afetada com uma nova taxa de 20%, o Japão com 24%, o reino Unido com 10% e a Índia com 26%. Trump também decidiu revogar a isenção de produtos de pequeno valor, que permitia a importação de itens de baixo custo da China sem tarifas, agora abrangendo esses produtos também.
Reações europeias foram firmes e rápidas. Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, deixou claro que o bloco agiria em conjunto: “Se você desafia um de nós, desafia todos nós.” O presidente da França, Emmanuel Macron, se mostrou a favor de suspender investimentos de empresas europeias nos EUA até que a situação se estabilize.
O primeiro-ministro japonês, Shigeru Ishiba, considerou a decisão lamentável, embora tenha se esquivado de mencionar possíveis retaliações, enquanto o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, indicou que continuará as negociações comerciais com os EUA.
Dentro dos Estados Unidos, economistas e analistas de comércio criticaram as tarifas, até mesmo entre alguns membros do Partido Republicano. O secretário de Comércio,Howard Lutnick,tentava tranquilizar o mercado,afirmando à CNBC que a economia dos EUA terá um desempenho positivo a médio e longo prazo.
Defensores das tarifas justificaram a medida como uma tentativa de fortalecer a produção interna. Entretanto, eswar Prasad, professor de políticas comerciais da Universidade de Cornell, manifestou preocupações, sugerindo que o presidente optou por “destruir o sistema que rege o comércio global” em vez de implementar reformas necessárias.
Para mais informações, consulte o The New York Times e a CNBC.
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Matéria original por AcheiUSA
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