
ao contrário das vacinas convencionais que visam tipos específicos de câncer, esta nova abordagem inovadora busca mobilizar o sistema imunológico do corpo de maneira global, similar ao combate de infecções virais. Os resultados dos testes foram promissores, com as células do sistema imunológico respondendo vigorosamente ao câncer.
O oncologista pediátrico e líder do estudo, Elias Sayour, ficou surpreso com os resultados: “Foi surpreendente observar a reação robusta que uma vacina universal de mRNA pode gerar contra o câncer”. O próximo passo agora é replicar esse sucesso em humanos.
Nos experimentos, a vacina foi combinada com medicamentos imunoterápicos existentes, como os inibidores de checkpoints imunológicos, que potencializam a resposta imunológica do corpo. Este tratamento foi testado em camundongos com vários tipos de câncer, incluindo melanoma, tumores ósseos e tumores cerebrais.
Os resultados foram notáveis, com muitos tumores desaparecendo completamente, mesmo em modelos com resistência a outros tratamentos. Os pesquisadores ressaltam que a vacina ajudou a expor uma proteína chamada PD-L1, que atrai as células de defesa do sistema imunológico para combater o câncer.
Duane Mitchell, um dos coautores da pesquisa, sugeriu que esta metodologia poderia alterar radicalmente o tratamento do câncer. “Em vez de se focar em adaptações específicas para cada paciente, podemos priorizar uma resposta imunológica vigorosa como a principal defesa”, afirmou.
Essa perspectiva é especialmente relevante para pessoas com cânceres agressivos ou que não respondem adequadamente às terapias convencionais. A nova vacina pode oferecer uma opção menos invasiva e potencialmente mais eficaz.
Este esforço recebeu apoio de diversas agências americanas, incluindo os Institutos Nacionais de Saúde (NIH), e representa um marco significativo na medicina moderna.
Os pesquisadores expressam esperança de que, em um futuro próximo, os pacientes oncológicos possam contar com essa nova opção de tratamento. “Capacitar a defesa natural do corpo para enfrentar o câncer pode transformar o campo da oncologia”, finalizou o pesquisador.
