Homem surdo há 2 décadas volta a escutar após cirurgia inédita no RS

Rinaldo de Oliveira 07 / 07 / 2025 às 12 : 12 A cirurgia feita em Porto Alegre (RS), implantou eletrodos na base do crânio do paciente. Meses depois, o homem surdo volta a escutar após mais de 20 anos. - Foto: Divulgação/ Hospital Moinhos de Vento Vai ciência! Um homem brasileiro, que passou mais de 20 anos surdo, volta a escutar após uma cirurgia inédita em Porto Alegre (RS). Ele recebeu implantes de eletrodos diretamente na base do crânio e agora o voluntário consegue diferenciar ruídos e sons. Flávio Fidelis, de 51 anos, tem uma doença autossômica, a NF2
Rinaldo de Oliveira

07 / 07 / 2025 às 12 : 12

A cirurgia feita em Porto Alegre (RS), implantou eletrodos na base do crânio do paciente. Meses depois, o homem surdo volta a escutar após mais de 20 anos. - Foto: Divulgação/ Hospital Moinhos de Vento

A cirurgia feita em Porto Alegre (RS), implantou eletrodos na base do crânio do paciente. Meses depois, o homem surdo volta a escutar após mais de 20 anos. – Foto: Divulgação/ Hospital Moinhos de Vento

Vai ciência! Um homem brasileiro, que passou mais de 20 anos surdo, volta a escutar após uma cirurgia inédita em Porto Alegre (RS). Ele recebeu implantes de eletrodos diretamente na base do crânio e agora o voluntário consegue diferenciar ruídos e sons.

Flávio Fidelis, de 51 anos, tem uma doença autossômica, a NF2, e por isso ficou surdo dos dois ouvidos. Os resultados da cirurgia bem-sucedida, feita no Hospital Moinhos de Vento, em março, foram divulgados agora, meses depois da intervenção, quando o dispositivo implantado foi ligado.

“Fui diagnosticado com deficiência auditiva bilateral, perdendo aos poucos a audição, já na fase adulta, aos 29 anos. Por isso este implante aparece como um objetivo de vida e uma batalha vencida. Agradeço a toda equipe médica do Hospital Moinhos de Vento”, disse Flávio Fidelis.

A doença

Joel Lavinsky, otorrinolaringologista responsável, disse em nota à imprensa que a indicação pela tecnologia veio porque os nervos auditivos do paciente estavam muito comprometidos por seu quadro de neurofibromatose tipo 2 (NF2). Isso tornava a utilização de um implante coclear convencional inviável.

Considerada uma doença autossômica, a NF2 leva ao crescimento lento e descontrolado de múltiplos tumores benignos envolta do sistema nervoso central. Além de pressionar as estruturas do tronco encefálico, a doença prejudica a escuta e o equilíbrio da pessoa.

Descrição publicada pela Biblioteca Nacional de Medicina dos Estados Unidos, mostra que essa condição é genética e costuma se manifestar na adolescência ou no início da fase adulta. Uma a cada 35 mil pessoas tem essa deformidade, informou a Galileu.

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Os médicos implantaram eletrodos diretamente nos núcleos auditivos na base do crânio de Flávio, no tronco cerebral, para estimular a percepção do som em algum grau no paciente.

O procedimento foi realizado por Lavinsky em colaboração com o neurocirurgião Gustavo Rassier Isolan e uma equipe de audiologistas coordenada pela fonoaudióloga Natalia Fernandez.

Três profissionais da Universidade de São Paulo (USP), Ricardo Ferreira Bento, Marcelo Prudente e Valéria Goffi, ainda auxiliaram supervisionando as etapas.

10 horas de cirurgia

Ao todo, a cirurgia e o pós-operatório levaram quase dez horas de dedicação dos especialistas.

“Realizamos diversos testes eletrofisiológicos durante a cirurgia para que fosse possível identificar o local exato para o posicionamento do implante e confirmar o funcionamento da estimulação elétrica do eletrodo no tronco cerebral”, contou o Dr. Joel Lavinsky.

Flávio Fidelis contou que sua rotina melhorou consideravelmente desde a operação.

Mesmo em fase de ajustes do aparelho, houve evolução na vida pessoal e profissional do paciente, que já tem conseguido diferenciar certos ruídos e sons.

Imagens da cirurgia que implantou o dispositivo para o paciente surdo voltar a escutar. — Foto: Divulgação/CEANNE

Imagens da cirurgia que implantou o dispositivo e o paciente surdo volta a escutar. — Foto: Divulgação/CEANNE

A equipe multidisciplinar que participou da cirurgia que fez o homem surdo voltar a escutar. — Foto: Divulgação/Hospital Moinhos de Vento

A equipe multidisciplinar que participou da cirurgia que fez o homem surdo voltar a escutar. — Foto: Divulgação/Hospital Moinhos de Vento

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