O Departamento de Segurança Interna dos EUA intensificou sua pressão sobre estados conhecidos como “santuários” – incluindo Califórnia,Nova York e Illinois - ao exigir colaboração imediata na detenção e deportação de imigrantes indocumentados que possuem histórico criminal e estão prestes a ser liberados das prisões.
Em uma declaração divulgada no último sábado,Tricia McLaughlin,secretária assistente de Segurança Interna,informou que cartas oficiais foram enviadas na semana anterior aos procuradores-gerais dos três estados,todos sob a liderança de membros do Partido Democrata. O propósito foi solicitar que permitissem ao Serviço de Imigração e Alfândega (ICE) assumir a custódia de estrangeiros ilegais condenados antes da sua soltura.
Conforme relatado pelo Brazilian Press, as reações têm sido de resistência.Nova York e Illinois optaram por não notificar o ICE sobre as datas de liberação dos imigrantes com registros criminais, enquanto a Califórnia ignorou completamente a correspondência federal, demonstrando uma postura de não colaboração com a política migratória da administração atual.
A pressão surge em meio à agenda do presidente Donald Trump, que desde janeiro tem enfatizado a aplicação rigorosa das normas de imigração. Entre as políticas implementadas estão o envio de tropas militares para fortalecer a segurança na fronteira sul e promessas de deportar milhões de indivíduos que residem ilegalmente nos EUA.
“Essas ameaçadoras políticas de santuário, frequentemente combinadas com sistemas de fiança sem dinheiro para crimes graves, facilitam que imigrantes ilegais com histórico criminal sejam liberados de volta às comunidades americanas, colocando em risco a segurança e o bem-estar da população”, destacou McLaughlin durante coletiva de imprensa.
Frente à falta de colaboração, o ICE anunciou na sexta-feira que buscará apoio do Departamento de Justiça e de outras agências federais para contornar as barreiras impostas pelos estados. “O escritório do procurador-geral de Illinois até se negou a reconhecer formalmente nossa carta de acompanhamento”, reclamou McLaughlin, enfatizando que tais ações comprometem a segurança nacional e enfraquecem a aplicação da lei federal.
Apesar das discordâncias, o DHS já registrou acima de 400.000 detenções de imigrantes indocumentados desde o início do ano, dos quais cerca de 70% tinham acusações ou condenações criminais, conforme informações fornecidas pela própria agência. O impasse entre Washington e os estados progressistas reflete um debate mais amplo sobre o equilíbrio entre direitos civis, segurança pública e autonomia dos estados – uma discussão que tende a se intensificar conforme as eleições presidenciais se aproximam.
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Matéria original por Brazilianpress
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