Durante um período angustiante de 55 dias à deriva, cinco pescadores enfrentaram desafios inimagináveis como o medo, a incerteza e o isolamento absoluto. No entanto, a narrativa desta provação tem um final surpreendentemente positivo, pois eles foram resgatados por uma pequena embarcação.
O reencontro com o mundo ocorreu no último sábado, quando os três pescadores peruanos e dois colombianos chegaram ao porto da ilha de San Cristóbal, nas Ilhas Galápagos, no Equador. O resgate foi realizado por um barco pesqueiro de atum que avistou a embarcação abandonada nas águas do Pacífico. Embora debilitados e exaustos,os pescadores apresentavam condições de saúde satisfatórias.
O barco equatoriano Aldo, envolvido na pesca de atum, avistou os homens à deriva e prontamente alertou a Marinha. Ao chegarem ao porto, foram recebidos com alívio e emoção calorosa.
A Marinha do Equador informou que já estabeleceu contato com as autoridades do Peru e da colômbia para assegurar que os pescadores retornem em segurança aos seus países de origem.
Até que isso aconteça, eles ficarão sob cuidados médicos temporários em solo equatoriano.
Os pescadores encontrados são Vladimir González, de 32 anos; José Albines, de 52; José Gabriel Albines, de 31; Jhonny García, de 40; e Jorge Ugarte. Todos eles partiram da Baía de Pucusana,ao sul de Lima,mas perderam contato com a costa dois dias após a saída.
De acordo com relatos, um problema no alternador da embarcação deixou o barco sem energia, impossibilitando qualquer comunicação com a terra firme ou navegação adequada.
Essa não é a primeira ocorrência de sobrevivência excepcional em alto-mar. Em março, o peruano Máximo Napa, de 61 anos, encontrou o caminho de volta para casa após 95 dias à deriva, sobrevivendo à base de baratas, aves e tartarugas.
Casos similares surgiram nos últimos anos, como o do russo Mikhail Pichugin, que ficou mais de dois meses no mar, e também de Tim Shaddock, um australiano que passou mais de dois meses à deriva junto de sua cadela, Bella.

O barco em que o grupo estava teve uma falha mecânica. – Foto: Marinha do Equador